A definição como cada um considera o que é Arte Pública nem sempre é consensual, no entanto, podemos definir como Arte Pública uma variedade de intervenções de géneros artísticos nos espaços públicos de livre acesso como, a rua, praça, jardim, metro, fachada de edifício até mais recentemente à internet. As intervenções nestes espaços vão desde a escultura, pintura, graffiti, mosaico, baixo-relevo, performance, instalação, ciberarte, etc. Estas intervenções podem ser de carácter comemorativo, homenagem, crítica, reformulação estética paisagística, etc. Podem ser de natureza conceptual, figurativa, abstracta, etc.
Nos últimos anos, a Arte Pública tem envolvido cada vez mais várias áreas do saber com linguagens diferentes entre si como, a arquitectura, design e equipamento, publicidade, ecologia, sociologia, entre muitos, levando a Arte Pública para novos campos que com certeza irão enriquecer e polemizar ainda mais o debate sobre a sua definição, chegando desta forma, a um número cada vez maior de fruidores.

terça-feira, 28 de junho de 2011

“Monumento ao Emigrante”



Um monumento que homenageia aqueles que emigraram das suas terras para a Baixa da Banheira, mas principalmente, para aqueles banheirenses que partiram para o estrangeiro em busca de melhor sorte. Um monumento feito pelo génio e trabalho de um filho da terra, o jovem escultor Daniel Figueiredo, que a convite da associação AMICALE (associação de emigrantes banheirenses), disponibilizou-se de forma gratuita a homenagear os seus conterrâneos. O resultado foi muito bem aceite quer pela comunidade emigrante, quer pela comunidade local. Um homem de bronze nu em posição de movimento afasta-se do seu pedestal (em mármore), simboliza assim aqueles que partem que deixam atrás de si o seu local/raízes e seguem em direcção ao futuro. Este monumento está localizado numa área verde, sem obstáculos, muito aberta ao rio, em pleno parque Zeca Afonso.

“Monumento a José Afonso”



O monumento de homenagem aquele Homem que a maioria dos banheirenses mais admiram e que em muitas ocasiões andou por estas paragens. Esta obra do mestre escultor Lagoa Henriques, que ofereceu o seu trabalho para que esta obra fosse concretizada, é uma expressão simbólica de evocar as diversas qualidades: o poeta, através das palavras penduradas nos ramos por rebentar; o político, através da arvore que simboliza a vida; do músico intemporal, através da lira; do pacifista, através das pombas apoiadas na árvore. Esta obra está situada no parque Zeca Afonso, junto ao coreto (zona central do parque, perto do rio).

“Monumento de celebração dos 25 anos do 25 de Abril”



Tal como o nome indica o monumento foi erguido para celebrar o vigésimo quinto aniversário da revolução de Abril de 1974. É da autoria da artista escultora, Maria Morais. A estrutura de 5,60m eleva-se num sentido ascendente, reforçando a ideia de mudança e libertação. Está situada na rotunda Augusto Gil situada na zona Sul da vila.

“Busto do Padre José Feliciano”



Monumento de Homenagem ao padre que durante 25 anos dirigiu esta paróquia e que os banheirenses muito prezavam devido à forma amável e respeitosa como eram tratados e pelo espírito empreendedor com que procurava resolver muitos problemas de miséria da população nos difíceis anos da ditadura do Estado Novo. Era uma pessoa que conseguia reunir à sua volta crentes e não-crentes na procura de uma vida melhor para a comunidade. Este Busto encontra-se na Praceta de Portugal, conhecida popularmente na localidade pela, praceta da Cabeça do Padre. Infelizmente este é um daqueles casos onde não existe registo sobre o autor da obra.

“Mural comemorativo da passagem a vila”



Uma obra que evoca a passagem da Baixa da Banheira a vila. Neste Mural pintado por diversos artistas pintores (Rogério Ribeiro, Francisco Simões, Kira e Luis Manuel) que procuraram transpor para a tela através do intricado das diversas mãos, as suas visões da população banheirense da altura. O resultado foi uma diversificação de elementos gráficos e figurativos conjuntamente com uma explosão de cores que criam uma simbiose de sentimentos ímpar, que faz jus ao lema de “terra singular” que consta nas portas da vila. Este Mural esta situado na Alameda do Povo, junto à entrada/saída do apeadeiro da CP, no lado Norte da vila.

"Margem Esquerda"



Esta uma obra do artista escultor Pé Curto e está situado no Parque Zeca Afonso, perto da Junta de Freguesia situado na zona norte da Baixa da Banheira. Esta obra tem dois elementos que retratam as gentes que construíram a vila: a primeira peça, uma abóbora em pedra, caracteriza as gentes que vieram da província, gentes habituadas à lida com a terra; a segunda peça uma estrutura em ferro simboliza o que elas vieram fazer para este local, trabalhar na indústria.